Câmara de Jaguaquara reinicia atividade legislativa nesta sexta, com nova Mesa-Diretora

Governistas e oposicionistas definiram a Mesa. Foto: Blog Marcos Frahm

Com nova Mesa – Diretora, a Câmara Municipal de Jaguaquara inicia, nesta sexta-feira (15), o primeiro período Legislativo de sessões ordinárias em 2019, a partir de sessão solene marcada para reabertura dos trabalhos às 20h, oportunidade em que o novo líder do poder Legislativo, Raimundo Louzado (PR), assumirá a presidência da Casa. Raimundo foi eleito presidente em disputa acirrada, no dia (20) de dezembro de 2018. A vitória diante da vereadora Cristiane Pinheiro (PP), prima do prefeito Giuliano Martinelli (PP), foi por um voto de diferença: 8×7. Louzado chegou à presidência com apoio de parlamentares da base governista e da oposição. Os dois vereadores oposicionistas: Sara Helem (DEM) e Valdi da F 4000 (PHS) foram decisivos para a chapa vencedora. Na ocasião, em entrevista a imprensa após o processo de votação, Raimundo agradeceu aos pares, com ênfase ao apoio obtido da oposição, que segundo ele, terá mais espaço na Câmara. Louzado, que já presidiu a Casa, volta  para suceder o ex-presidente Élio Boa Sorte (PP). Ambos têm trajetórias e estilos distintos na política. Raimundo já foi presidente por duas vezes consecutivas, vice-prefeito do município, retornou a Câmara em 2017 após ser eleito o vereador mais votado em 2016 e é considerado de fácil diálogo. Já Élio, também conduziu o Legislativo por dois períodos, tentou emplacar projeto de Emenda a Lei Orgânica que permitisse sua reeleição na presidência, mas não obteve êxito. Ele deixou o posto como gestor rígido, de uma linha mais dura, porém, sua gestão foi marcada pela organização, sobretudo em relação ao equilíbrio financeiro da Casa. Élio fez, inclusive, devolução de duodécimo ao Executivo para investimentos em obras no município, afagando o ego do prefeito, de quem se tornou um forte aliado. Como Louzado não teve o apoio de Martinelli e nem de Boa Sorte para vencer a disputa pela Mesa – Diretora, comenta-se, nos bastidores da política, sobre um possível distanciamento entre os poderes, mas o atual presidente fala em harmonia e garante que não fará gestão de perseguição ao Governo. Contudo, quando eleito em dezembro, falou em uma ”Câmara mais independente”.

*Por Marcos Frahm