”Ainda não tem a cara de Rui”

LeviV

Rui Costa, o governador eleito, tem dito que a marca do seu governo será saúde, educação e, em conexão (operacional e financeira) com o governo federal, também segurança.
A julgar pela proposta do Orçamento do Estado enviada para a Assembleia pelo governo, de 2014 para 2015, muito pouco vai mudar, ao menos em termos financeiros.

Em 2014 foram R$ 36,9 bilhões, a previsão para 2015 é de R$ 40 bilhões, 8,3% a mais. Todavia, a Saúde, que teve este ano R$ 5,4 bilhões, vai para R$ 5,8 bilhões; a Educação, de R$ 4,804 bilhões para R$ 4,847 bilhões; e a Segurança de R$ 3,5 bilhões para R$ 4,16 bilhões.

Rui tem dito a aliados que a vitória de Dilma é fundamental para a consumação dos seus projetos, o que equivale a dizer, se Aécio ganhar, o cenário para ele não será bom.

É justamente por isso que ele só vai cuidar de montar a equipe após o segundo turno presidencial. Com Dilma, o projeto de governo será um. Sem ela, será outro.

Em 2012, ACM Neto disse que Salvador pode caminhar com as próprias pernas. Rui, ao contrário, acha a muleta federal fundamental.

Reforço esperado – O novo governo conta com investimentos privados, como o Polo Acrílico (Basf) em Camaçari e o Estaleiro Paraguaçu, para apostar num crescimento de 3% do PIB baiano. Este ano, foram 2,2%.

Primeiro escalão – Rui Costa (PT) só quer falar sobre o novo governo após voltar das férias de duas semanas que vai tirar tão logo termine o segundo turno. Até lá, se restringe a dizer que já combinou o jogo com Wagner e mandará para Assembleia o projeto de reestruturação do Executivo. O indicativo é de que o número de secretarias vai diminuir.

A oposição diz ser ‘uma vitória’.

Por Levi Vasconcelos