”A Igreja propõe que o ser humano melhore, seja mais ético”, diz bispo de Jequié em sessão da Câmara

Bispo Dom José
Bispo Dom José Rui Gonçalves. Foto: Blog Marcos Frahm

Com o plenário da Câmara Municipal de Jequié lotado por uma plateia atenta e interessada, dom José Rui, bispo de Jequié, fez uma explanação sobre o tema da Campanha da Fraternidade de 2015, que é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A Sessão Especial, realizada na noite de sexta-feira (27/3), solicitada pela Diocese de Jequié, foi um marco importante no sentido de a Igreja buscar estabelecer cada vez mais um diálogo entre as diversas instituições, poderes constituídos, sociedade, entidades da sociedade civil. Ao citar a luta da CNBB, que culminou com a aprovação da ‘Lei da Ficha Limpa’ (Lei 135/210), o líder religioso destacou a importância da mobilização e da participação dos brasileiros e conclamou a sociedade a permanecer vigilante, fiscalizando ações que demandem em corrupção do dinheiro público, em prejuízo da própria população em seus direitos elementares. Alias, este foi o tom principal do discurso do bispo. Dom Rui falou dos escândalos relacionados aos esquemas de desvios de dinheiro público, a exemplo do que vem sendo divulgado nas investigações da Polícia Federal. Na presença de representantes de várias entidades, de alguns vereadores (Joaquim Caíres, Pé Roxo, Chico de Alfredo, Soldado Gilvan, Fiim e Colorido) e da prefeita Tânia Brito, o bispo destacou ainda que a “crise institucional” não é consequência de outra coisa senão da “crise pessoal” e disparou: ”A Igreja propõe que o ser humano melhore, seja mais ético e, consequentemente, mais cristão. Ninguém pode modificar o país, transformar a cidade, sem antes modificar-se a si mesmo, a sua casa, a sua família”. Por Souza Andrade