Fechado o cerco: PF encontra documentos que aumentam suspeitas contra Eduardo Cunha

Cerco é fechado pra Cunha. Foto: Câmara dos Deputados
Cerco é fechado pra Cunha. Foto: Câmara dos Deputados

A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, achou documentos na casa de Altair Alves Pinto, considerado braço-direito do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Os documentos revelam que duas empresas da família de Alves forneceram mármores para a concessionária Porto Novo, responsável pela execução do projeto de revitalização do porto do Rio de Janeiro. Com a descoberta dos documentos, as suspeitas que Cunha tenha ligação com o empreendimento, ficam mais evidentes. Na casa de Altair, na terça-feira, na fase Catilinárias, a equipe da Lava-Jato encontrou dois pedidos de fornecimento de mármore feitos pela Porto Novo. O primeiro, no valor de R$ 91 mil, é endereçado à Guarujá Mármores e Granitos. A empresa pertence a Marilene Porcari Alves e a Danielle Porcari Alves, respectivamente mulher e filha de Altair. O segundo pedido, em torno de R$ 500 mil, foi feito à APMP Exploração, Beneficiamento, Venda, Exportação e Importação de Rochas, nome de fantasia Indústria Aladim, cujos sócios são o próprio Altair e outra filha, Camille Porcari Alves. As duas empresas funcionam no mesmo endereço, na Fazenda Portal do Guaruja s/n, Muqui, município capixaba a 174 quilômetros de Vitória. Os responsáveis pela busca encontraram os papéis na Rua Conselheiro Olegário, no Maracanã. De acordo com o cadastro da Receita Federal, a Guarujá faz “aparelhamento de placas e execução de trabalhos em mármore, granito, ardósia e outras pedras”. Na Junta Comercial do Rio, também constam em nome de Altair as empresas APMP Assessoria, Promoções e Representações, APMP Construtora e APMP Promoções, Vendas e Representações. Na mesma fase Catilinárias, outra equipe encontrou dentro da casa de Cunha, na Barra da Tijuca, um táxi de Nilópolis placa LSM 1530. O carro, um Touareg modelo 2014, está registrado em nome de Altair.