Política: Cacá garante que investigação do pai Leão não interferirá no processo de Cunha

Cacá na defesa do pai Leão
O deputado Cacá na defesa do pai Leão. Foto: Reprodução

A posição do deputado federal Cacá Leão (PP) em relação ao processo de cassação do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), é a única que ainda está em aberto entre os parlamentares da bancada baiana. O pepista garantiu que a acusação que paira sobre o seu pai, o vice-governador João Leão, investigado por suspeita de participação no esquema da Petrobras, não vai interferir na decisão do voto contra ou a favor de Cunha, também acusado de envolvimento no desvio de recursos da estatal. Entre a cruz e a espada, entre a razão e o coração, Cacá Leão, em entrevista ao site Bocão News, negou estar em dúvida em relação à cassação do presidente da Câmara Federal. O filho do vice-governador, que ficou licenciado 20 dias por causa de um acidente de cavalo, alegou que só agora terá tempo para analisar o processo. ”Não estou indeciso. Estava fora e retornei agora. Hoje que acessei ao processo e tive a oportunidade ouvir os advogados. Agora, a gente vai ter condições de tomar um posicionamento. Não tem nada a ver uma coisa com a outra [sobre João Leão responder o mesmo processo]. O que se está julgando aqui no conselho, é se houve ou não a quebra de decoro. Não é dever da Câmara julgar o processo de Cunha”, justificou Cacá Leão. O parlamentar do PP anunciou que, em breve, o voto será anunciado e prometeu não agir motivado pelo coração. ”Vou ler. Até a próxima terça terei uma posição. Já teve o voto do relator e vou analisar com calma essa questão para não julgar pela emoção”, garantiu. Levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo aponta que os deputados Paulo Azi (DEM) e José Carlos Carlos Araújo (PSD) devem votar contra Cunha ao passo que, Erivelton Santana (PSC) e Sérgio Brito (PSD) devem votar favorável ao presidente da Câmara. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi denunciado no processo da Lava Jato sob a acusação de ter recebido, entre junho de 2006 e outubro de 2012, pelo menos US$ 5 milhões para viabilizar a contratação de dois navios-sonda para a Petrobras.