Mais de 180 mil mulheres se tornaram mães em 2021 na Bahia, segundo um levantamento divulgado nesta sexta-feira (6) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI-BA). Entre estas, 1,5 mil eram crianças ou adolescentes com menos de 14 anos.
O perfil das mães indica que a grande maioria era jovem (20 a 29 anos) ou adulta (30 anos ou mais). Esses grupos etários respondiam por, respectivamente, 48,1% e 35,6% das mulheres que se tornaram mães na Bahia em 2021. Já entre a população feminina adolescente na Bahia, de 10 a 19 anos, 2,56% tiveram filho(s) em 2021.
Entre os filhos nascidos vivos, a maioria foi do sexo masculino, o que equivalia uma razão dos sexos de 104, ou seja, para cada 100 meninas nascidas vivas na Bahia em 2021, nasceram 104 meninos.
No ano passado, 164 mulheres morreram por causas maternas. Isso significa que houve 8,9 óbitos maternos a cada 100 mil nascidos vivos. Metade dos óbitos ocorreu durante o puérperio. As principais causas foram: eclampsia (10,4%); hipertensão gestacional (5,5%) e; hemorragia pós-parto (5,5%).
Waldick recebeu carinho dos fãs em Caetité. Foto: Reprodução
No sereno da madrugada desta sexta-feira, onde boêmios possuem a lua e a bebida como heranças, os restos mortais do cantor apaixonado Waldick Soriano chegavam na cidade baiana de Caetité, a 645 km de Salvador. A última serenata do cantor baiano terminou diferente de suas músicas sofridas e de corações partidos: com final feliz. Os restos mortais do cantor, sem o devido cuidado no túmulo número 53817, no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, agora descansam na boemia eterna do cemitério de sua cidade natal. Agora com lápides de granito, flores regadas e justas homenagens, Waldick recebeu carinho dos fãs e de familiares que moram em Caetité. Seu mais novo túmulo promete ser um local de frequente visita de diversos fãs da região.
”Preferimos algo mais familiar e decidimos não avisar sobre a chegada dos restos mortais de Waldick, do meu pai e avô. Mesmo assim, vazou sua chegada e teve muita gente da região e até de outras cidades acompanhando o enterro. Foi muito gratificante e emocionante. Teve um fã de Brumado que soube ontem de noite e acordou cedo para chegar a tempo para a missa e o sepultamento”, disse o advogado João Soriano, sobrinho de Waldick. Seu pai e xará também estava enterrado no mesmo túmulo do Rio de Janeiro, assim como o pai de Waldick, Manoel Sebastião Soriano. Os três foram enterrados juntos novamente.
”É uma forma de reconhecer o artista da terra. Tivemos o apoio de muita gente quando decidimos trazer os restos mortais de nossos familiares para Caetité. A família, amigos e fãs agora poderão prestar suas homenagens ao cantor da terra, que agora descansa com o devido merecimento”, completa João. Segundo o advogado, filhos do cantor foram consultados, mas ninguém se mostrou interessado em fazer algo pelos restos mortais de Waldick. Foi aí que começou a missão de trazê-lo para a cidade baiana.
Outra parente do artista teve um papel decisivo na transferência. Sobrinha de Waldick, Waldelita Soriano, carinhosamente conhecida como Dona Litinha, morava no Rio de Janeiro e convivia diariamente com o rei do brega, até sua morte, em 2008, em decorrência de um câncer de próstata, aos 75 anos.
”Ele vivia lá em casa, convivemos e crescemos juntos. Ele era 11 anos mais velho que eu. Eu também morava no Rio de Janeiro e comprei uma lápide para meu avô. Waldick morreu e foi enterrado lá também. Enquanto estava lá, cuidava do túmulo, que nunca esteve mal cuidado, era apenas rústico. Quando retornei a Caetité, não pude mais cuidar e ficou lá. A família dele nunca cuidou. A mulher [viúva] dele não cuidou. Quem recebe todos os direitos autorais é ela, mas nunca cuidou do túmulo dele e nunca visitava o túmulo. Então foi isso. Os familiares dele daqui o trouxeram de volta para Caetité. Missão cumprida”, disse Waldelita, que providenciou toda burocracia para a transferência. Waldick deixou cerca de 800 músicas compostas e 80 discos gravados.
Como é proprietária do túmulo no Rio, além de providenciar as papeladas, Litinha foi até o Rio acompanhar a exumação do boêmio e conseguir o translado da capital fluminense até Caetité. Apesar da oferta de ajuda financeira da prefeitura de Caetité, de amigos e políticos da região, Litinha não aceitou e preferiu arcar com todos os gastos. Mesmo assim, alguns moradores de Caetité não pretendem parar por aí.
”Era um desejo antigo de todos aqui na cidade. Vamos agora providenciar um busto de Waldick Soriano na praça, com direito a chapéu e óculos tradicionais. Caetité precisa valorizar seus filhos ilustres que levavam nosso nome pelo país. Eu mesmo já tomei uma pinga com Waldick e guardo isso com muito orgulho. Não aguentei acompanhá-lo, era novo na época e nosso cantor já tinha bastante experiente na boemia, né?”, lembra o prefeito de Caetité, Valtécio Aguiar. ”Agora demos um lugar digno para este grande ícone da história da música brasileira”, completa.
O dia de homenagens neste segundo velório e sepultamento foi mais comedido. Primeiro, uma missa apenas para familiares, políticos e alguns fãs que souberam da chegada dos restos mortais. O monsenhor Adhemar Cardoso, de 93 anos, celebrou a missa. A celebração terminou com o sepultamento e uma salva de palmas. Agora, a homenagem fica a cargo de cada boêmio caetiteense, em cada brinde no bar ou no lamento do amor perdido. ”Embriagado, passo as noites pelas ruas! Só tenho a lua e a bebida como herança / E hoje dela só me resta uma lembrança / A torturar a minha alma de boêmio”. Sextô, Waldick! Com informações do Correio
Ocorrências vão desde alagamentos e deslizamentos. Foto: CBMSC
Pelo menos três pessoas morreram em decorrência das chuvas que assolam Santa Catarina desde o início da semana. De acordo com a Defesa Civil do estado, 115 municípios relataram ocorrências que vão desde alagamentos e deslizamentos a quedas de árvores e muros – o que, segundo as autoridades locais, acabou por afetar 44 mil pessoas.
Até o momento, 14 municípios declararam situação de emergência. O total de desalojados está em 7,1 mil; e o de desabrigados, em 518. A Defesa Civil informa que, dos três óbitos confirmados, dois ocorreram no município de São Joaquim e outro no município de Urubici.
Em nota, o governo de Santa Catarina diz ter distribuído ”itens de assistência humanitária, entre cestas básicas, água potável, colchões, kits de higiene pessoal e limpeza”, e que equipes foram enviadas aos locais impactados para dar apoio às ações das prefeituras.
Os municípios em situação de emergência são: Tubarão, Orleans, Forquilhinha, Urubici, Maracajá, Araranguá, São Joaquim, Lages, Laurentino, Alfredo Wagner, Rio Rufino, Taió, Anitápolis e Monte Carlo.
Segundo a Defesa Civil, os municípios de Benedito Novo e São Domingos devem ter situação decretada em breve, caso a situação não melhore.
Aulas suspensas
Diante da situação, a Secretaria da Educação estadual suspendeu, desde quarta-feira, 4, as aulas em 152 escolas, sob a justificativa de que a locomoção dos estudantes estava inviabilizada devido às chuvas.
”As suspensões atingem escolas das coordenadorias regionais de Educação de Araranguá, Criciúma, Florianópolis, Ibirama, Laguna, Rio do Sul, Taió e Tubarão. A reposição das aulas está garantida para cumprimento dos 200 dias letivos previstos em lei”, informou, em nota, a secretaria.