Em discurso curto, presidente Dilma Rousseff repudia condução coercitiva de Lula

''Quero me manifestar'', disse Dilma. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
”Quero me manifestar”, disse Dilma. Foto: Roberto Stuckert

Em discurso breve, feito na tarde dessa sexta-feira (4/3), a presidente Dilma Rousseff, falou de modo superficial sobre a condução coercitiva que o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, foi submetido nessa manhã. ”Quero manifestar o meu mais absoluto inconformismo com o fato do ex-presidente Lula, que por várias vezes compareceu de forma voluntária para prestar esclarecimentos perante as autoridades competentes, seja agora submetido a uma sumária condução coercitiva para prestar outro depoimento”, resumiu Dilma. A presidente direcionou a maior parte da sua fala ao vazamento da suposta delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral (PT) e publicada pela revista Isto é.  ”Manifesto a minha indignação não só com o vazamento da delação, se é que ela existiu, mas com os termos das denúncias que teriam sido firmados nesta delação”, disse. Segundo a chefe de Estado, as denúncias publicadas relativas à refinaria de Pasadena e a CPI dos Bingos, não tem veracidade. ”Em 2014 prestei informações detalhadas a Procuradoria da República dentro dos fatos relativos à refinaria de Pasadena pela Petrobras. Com base nisso, o procurador geral, Rodrigo Janot, determinou o arquivamento da investigação. Nessa época, o senador não integrava nem a diretoria administrativa e nem conselho de administração da Petrobras na época. Também nessa hipotética delação, Delcidio afirmou que o encerramento da CPI dos Bingos teria sido feito para beneficiar de alguma forma minha campanha presidencial. Não preciso de testemunhas para desmentir isso, ela cai pela própria temporariedade. A CPI teve inicio em 29 de junho de 2005 e foi encerrada em 20 de junho de 2006, ou seja, aberta a uma semana da minha posse como ministra-chefe da casa civil e distante quatro anos da minha indicação a presidência da republica. É impossível supor que eu em 2006 sabia o que aconteceria em 2010”, concluiu-o a presidente.